A REJEIÇÃO DE JESUS NA SINAGOGA EM NAZARÉ COMO AÇÃO PARABÓLICA
Palavras-chave:
Jesus, Missão, Rejeição, Parábolas, Ação ParabólicaResumo
O autor do artigo analisa a rejeição de Jesus na sinagoga de Nazaré, conforme registrado em Lucas 4.16-30, à luz do método da “ação parabólica”, amplamente utilizado pelos profetas do Antigo Testamento. Jesus, dentre os recursos homiléticos disponíveis, empregou a linguagem simbólica e profética para anunciar que o Reino de Deus havia irrompido e que Ele era o Messias prometido. O episódio funcionou como uma “parábola viva”, revelando a natureza inclusiva do Reino, que transcendia a pequena aldeia Nazaré e a nação de Israel, alcançando também os gentios, conforme profetizado em Isaías 61.1-2. A princípio, a mensagem foi acolhida de forma positiva, mas logo despertou uma forte rejeição, antecipando o padrão que marcaria todo o ministério de Jesus até a crucificação. No entanto, essa rejeição fazia parte do plano divino, pois Deus estava criando o “Novo Israel”, que incluía os gentios não como uma solução tardia, mas como a realização da promessa e da escolha divina. A pesquisa, de caráter bibliográfico e abordagem exegética, busca demonstrar que a ação de Jesus em Nazaré pode ser compreendida como uma parábola dramatizada que revela o propósito divino, a missão messiânica de Jesus e o cumprimento das Escrituras.
